quinta-feira, 6 de maio de 2010

Achamos interessante e sugerimos à leitura.

Analisando a publicação da Veja sobre a Educação nas Escolas Municipais do Rio de Janeiro
 
Caros, faço uma breve análise sobre a reportagem que saiu nesse final de semana na Veja Rio. Fiquem à vontade para comentar.
Um abraço
Denise
A nova cartilha das escolas
Lívia de Almeida e Sofia Cerqueira
A proibição do uso de bonés e de pulseiras nos colégios municipais é apenas uma pequena amostra de um ambicioso projeto para melhorar o ensino público na cidade — e os primeiros resultados já estão aparecendo.
Quais são os resultados que estão aparecendo?
Quando é que proibição de uso de bonés e pulseiras se tornou condição para a melhoria do ensino público?
 
Estudantes da rede municipal: provas, currículo padronizado e combate ao analfabetismo

Ao assumir o cargo de secretária da Educação do município do Rio de Janeiro, no início do ano passado, a administradora Claudia Costin deparou com uma situação surreal. Uma das premissas básicas da área, que estabelece direitos e deveres para alunos e professores, não passava de mera abstração nas mais de 1 000 escolas da rede municipal de ensino.
Uma das premissas básicas para a situação real das Escolas é o envolvimento e a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico das Escolas. Dada a diversidade e a complexidade da nossa rede de ensino, não cabem regras centralizadoras e, sim, orientações básicas para que cada Unidade Escolar produza o seu próprio Projeto e, consequentemente, as suas regras de convivência. Isso é dar autonomia à escola. 
Sem uma orientação central que balizasse as regras mais elementares, os colégios da rede, do 1º ao 9ª ano do ensino fundamental, estavam entregues a uma situação de descontrole que, não raro, acabava em conflitos entre alunos, pais e mestres. Essa situação mudou.
Qual situação que mudou? Descontrole porque não havia regras centralizadoras? Do que é que estamos falando, de verdade?
Quer dizer que, de agora em diante, os conflitos acabaram porque finalmente a SME publicou um manual de regras e punições? A partir de uma Resolução, as pessoas passarão a se tratar melhor, de maneira mais respeitosa e digna?
Continuamos precisando de tutela?
No último dia 15, foi publicada no Diário Oficial uma série de regras de conduta e comportamento que determinam desde a proibição do uso de bonés e adereços que expressem insinuações sexuais (como as pulseirinhas do sexo) até a apreensão de celulares encontrados em poder dos alunos — restrições corriqueiras nas instituições privadas.
O fato dessas restrições serem corriqueiras nas instituições privadas não significa que elas sejam produtivas. Significa, apenas, que todos agem da maneira mais fácil – que é punir – e menos educativa – que é tentar outras abordagens que levem as crianças  e jovens a pensarem sobre as suas atitudes. Educar dá trabalho. Exige que estejamos  reinventando constantemente o nosso fazer e adaptando-o às diferentes situações que ocorrem no cotidiano escolar. Não há receitas prontas. O que serve para um grupo de alunos, não serve para outro. Esse é um princípio básico de quem lida com Educação.
Também é listado um conjunto de punições aos transgressores, que vão da advertência ao encaminhamento a órgãos como a Procuradoria de Infância e da Juventude ou a delegacia de polícia em casos graves, como agressões físicas e depredação do patrimônio.
É o caminho mais fácil... tratar os nossos alunos como inimigos e marginais é de uma suprema falta de sensibilidade. É desconhecer que, por trás de cada “transgressor” existe um contexto que o faz desse jeito. Existe toda uma sociedade que diz ininterruptamente NÃO para ele. A escola não pode ser a escola do “não pode”, tem que ser a escola do diálogo e do entendimento. Estamos aqui para lidar com essa situação. E se não sabemos fazer isso, temos que aprender. Lugar de punição é na delegacia. E lá não há compromisso com educação.
Sem contar que agora poderemos “nos livrar dos alunos terríveis”. E mandá-los exatamente para onde? Os ‘alunos terríveis’ são o nosso maior desafio. Precisamos deles para aperfeiçoar a nossa prática docente. O ‘aluno bonzinho’, que é obediente e faz tudo de maneira comportada, ou seja, fica quieto enquanto falamos, não precisa de nós. Não precisamos de platéia para nos aplaudir ao final das aulas, precisamos dar significado ao que ensinamos aos nossos alunos.
Ao mesmo tempo, os educadores estão sendo treinados por uma ONG para aprender a lidar com a mediação de conflitos e, com isso, reduzir drasticamente a possibilidade de embates. “O professor precisava de instrumentos para o resgate da sua autoridade e respeitabilidade”, ressalta Claudia. “Não se trata apenas de regras hierárquicas, mas sim de princípios básicos de convivência.”
Mais uma ONG contratada – sem licitação -  com a carta branca recebida pela Sra. Secretária para moralizar a Educação no nosso município. Ninguém dará autoridade e respeitabilidade ao professor, a não ser ele mesmo. A primeira pessoa que tem que respeitar o professor é o próprio.
À primeira vista, algumas dessas medidas podem parecer duras, deslocadas em uma sociedade cada vez mais permissiva com os desejos de crianças e adolescentes. Não são.
As medidas são duras e deslocadas não para a sociedade permissiva, mas para o ambiente escolar.
À frente de uma complexa rede que abarca 650 000 alunos e 36 000 professores, boa parte deles em áreas de risco, sob o domínio do tráfico de drogas, o desafio da secretária é mostrar que existe um novo comando, que o governo se preocupa com aquelas escolas e com o que acontece lá dentro e, acima de tudo, que está disposto a transformar uma realidade que por décadas se mostrou um desastre.
O número de alunos na Rede Municipal diminuiu? Eram mais de 900 mil...
O desafio da Secretária é mostrar quem é que manda, o desafio com a educação dos alunos  é de todos os envolvidos, e devemos buscar soluções coletivas e adequadas a cada contexto. A situação social perturbadora e indigna com a qual convivemos não será resolvida por decretos. É preciso educar com seriedade e compromisso. Isso significa qualificar os educadores  e dar autonomia às escolas. Já sabemos que não há comprometimento quando não nos sentimos envolvidos. As ordens que chovem da SME caem nas escolas de maneira aterradora. É a instituição do medo.
Na verdade, as orientações em relação ao vestuário e a aparelhos eletrônicos são apenas um complemento do que está sendo feito. Desde que tomou posse, Claudia Costin adotou como mantra duas palavras simples: “Sem desculpas”. Isso significa que nenhuma adversidade pode servir de justificativa para a debilidade do ensino na cidade.
Mais uma vez estamos diante de uma inflexibilidade que não combina com a Educação. Existem adversidades, sim, que servem como justificativas para a debilidade do ensino na nossa cidade. A maior delas é a descontinuidade política a qual ficamos submetidos, em que cada um que chega quer deixar a sua marca, pouco se importando com o que já foi realizado anteriormente. Política pública de Educação precisa de continuidade. É profundamente ingênuo acreditar que “agora vamos consertar tudo o que fizeram de errado antes”. E é profundamente desrespeitoso também. É puro jogo de política partidária.
Logo nos primeiros meses de gestão, ela implementou medidas simples, já testadas em outras partes do Brasil, mas que eram ignoradas por aqui. Estabeleceu, por exemplo, o que deveria ser ensinado em cada série, bimestre a bimestre, em todas as escolas. Com isso, criou um currículo padronizado, coisa que, pasmem, não existia.
Como é que é??? Essa reportagem é séria? Quer dizer que na cidade do Rio de Janeiro não havia um currículo a ser cumprido? Meu Deus!!! Que afirmação leviana! A Sra. Secretária procurou se inteirar verdadeiramente do que ocorria na SME? Quem é que fez a transição para/com ela? Quem é a equipe que permanece na SME, assessorando a Secretária,  e deixa uma afirmação dessa ser publicada?
Alguém aí já ouviu falar em MultiEducação?
E, pasmem, senhoras jornalistas, currículo padronizado, com todo mundo andando juntinho, ao mesmo tempo, não existe há décadas. Existem sugestões e orientações curriculares, para serem analisadas e discutidas, de acordo coma realidade de cada escola. Vocês sabiam que as recomendações do MEC falam de Parâmetros Curriculares e não de camisas de força curriculares?
E, novamente, caímos no conto do vigário... A orientação que era feita pela SME (sim, existia uma orientação para conhecimento de vocês) apontava para os conhecimentos e os conceitos que deveriam ser construídos em cada série – ou ciclo – e ao longo do Ensino Fundamental. Nunca mostraram essa material para a Sra. Secretária? A MultiEducação foi  produzida pelas equipes pedagógicas da SME, e não por pessoas que desconhecem a nossa realidade.
De que inovação estão falando???
Orientou ainda os docentes a cobrar os deveres de casa das crianças e produziu cadernos de exercícios para as disciplinas. A aplicação de provas, que havia sido eliminada em administrações anteriores, voltou a ser regra e agora acontece a cada dois meses.
Cobrar deveres de casa das crianças... esse é mais um passo para alcançarmos a educação de qualidade? Vamos cobrar deveres de casa que serão feitos em que local? Sob a orientação de quem? Qual é o modelo de família e de casa que a SME imagina que existe?
A Sra. Secretária acredita mesmo que se aprende com quantidade de exercícios feitos? É com reforço repetitivo que se aprende?
Em que lugar está escrito que as provas foram eliminadas em administrações anteriores??? Outra afirmação leviana, típica de campanha eleitoral!
A avaliação contínua, processual e com vistas a dar um retorno para o professor sobre a quantas anda a aprendizagem de seus alunos, existe como pressuposto educativo desde o início do século passado. O que a SME pregou nos últimos tempos foi a necessidade de se variar a quantidade e a diversidade das situações avaliativas. NUNCA se proibiu a aplicação de provas, mas sempre insistimos que os alunos não devem ser avaliados por apenas uma prova, o que é completamente diferente e, parece, propositalmente distorcido.
“Antigamente, cada um seguia um caminho para chegar a um lugar que não sabíamos muito bem qual era. Hoje, falamos a mesma língua para atingir metas claras”, endossa a professora Deise Aparecida Gonçalves, com 22 anos de magistério na Escola Afonso Várzea, no Complexo do Alemão.
Por que é que os professores afirmam que não sabiam em qual lugar deveriam chegar? Qual é a dificuldade em compreender que o lugar que se pretende chegar, sempre, em qualquer ambiente educativo, é a aprendizagem? Os professores pararam de ensinar porque não havia um currículo padronizado e nem provas únicas? É essa a conclusão que devemos chegar ao ler a reportagem?
Claudia Costin: o professor como principal aliado nas mudanças
Entre as inúmeras batalhas travadas pela secretária Claudia Costin nos últimos meses, a mais dramática envolveu o analfabetismo entre os estudantes da rede. Essa situação vergonhosa veio à tona depois da aplicação de uma prova aos 211 000 alunos do 4º ao 6º ano, com idade entre 9 e 11 anos, logo no início de 2009. Com os exames, percebeu-se que 28 000 crianças eram analfabetas funcionais, como são chamadas as pessoas que, embora formalmente sejam capazes de ler e escrever, mostram-se incapazes de compreender um texto ou redigir uma pequena carta, por exemplo. Outro teste, aplicado a todas as séries, mostrou que quase 40% dos alunos apresentavam defasagem de conhecimento em matemática e 20% em português. Era um problema que vinha sendo jogado para debaixo do tapete fazia vários anos com a conivência de um sistema que previa a aprovação automática dos estudantes. 
As afirmações são levianas. A Sra. Secretária está em plena guerra, numa batalha atrás da outra... vive dramaticamente cada dia (é para os leitores ficarem penalizados?). Esse problema nunca foi jogado para debaixo do tapete e nem houve conivência com essa situação. Houve descontinuidade nos processos, como está ocorrendo agora.
A situação do analfabetismo funcional vem de longa data e podemos afirmar, com carinho e pesar, que grande parte da responsabilidade dessa situação está no despreparo dos educadores para lidar com as metodologias de aprendizagem. Todas as vezes que se tenta alfabetizar sem sentido, é isso que ocorre. Paulo Freire nos ensinou essa parte, na década de 60.
E voltamos a mais um mantra eleitoreiro (isso, sim, é um mantra) que é a história da aprovação automática.
É tão mais fácil falar mal do sistema de avaliação, sem conhecê-lo, e ficar no senso comum, no lugar das coisas mal compreendidas...
Por que é que se tem tanta má vontade para tentar compreender que a avaliação não é uma peça solta no cardápio escolar? Por que é tão difícil as pessoas compreenderem que a avaliação é uma conseqüência natural, vinculada a uma prática pedagógica? E que, no caso do Rio de Janeiro, acreditamos que somos seres aprendentes, que ninguém desaprende, que a aprendizagem é contínua e que também construímos e reconstruímos conhecimentos? Por que é tão impossível se compreender que os alunos vão para a escola para aprender, e não para serem punidos? Por que é que não avaliamos o que o aluno sabe, ao invés de ficarmos perseguindo o que ele não sabe?Falamos todo o tempo em avaliação contínua e processual e essa expressão se transformou, simplesmente, em aprovação automática.
Isso é sério! É caso de calunia.
E quando, no final de 2009, já na gestão moralizadora, os diretores das escolas foram obrigados a inventar notas para os alunos que não tiveram professores durante o ano letivo? Foi uma das inúmeras ordens que foi dada em um dia para o mesmo dia... E ai de quem não cumprisse... Qual é nome que se dá a esse tipo de “avaliação”?
Inspirada em práticas bem-sucedidas no Brasil e no exterior, Claudia instituiu um programa de alfabetização para alunos de 4º e 5º ano, que já teve êxito com mais de 12 000 estudantes, e está enfrentando o déficit de aprendizagem com programas de reforço ministrados por voluntários, estagiários e ONGs. Os resultados desse esforço estão sendo medidos através da Prova Rio, uma avaliação externa aplicada uma vez por ano que permitiu identificar as 25 melhores escolas e as 100 piores do município.
As práticas bem sucedidas no Brasil são as divulgadas pelo Instituto Ayrton Senna – também contratado sem licitação e sem respaldo técnico pela SME. São livros didáticos que devem ser seguidos à risca, ao mesmo tempo, no mesmo ritmo,  por todos os grupos envolvidos. Mais uma vez, os professores são obrigados a apenas seguir o que lhes é mandado, sem possibilidade de questionar ou adaptar o material as suas turmas.
Para isso, as equipes das Gerências de Educação das CREs transformaram-se em fiscalizadoras do projeto. Tomadoras de conta dos professores.
Quanto às práticas bem sucedidas no exterior, voltamos à história da contratação, também sem licitação e sem aval técnico, do Instituto Alfa e Beto, de Brasília, que pretende resolver o problema de alfabetização dos nossos alunos com o método fônico. A referência maior e mais divulgada é a da Dinamarca... Vocês devem saber que somos um povo muito próximo dos dinamarqueses. Nosso ambiente sócio-econômico-cultural é muito semelhante...
E voltamos, novamente à década de 60, com direito a reforço escolar e à “vovó viu a uva” e “o boi baba no babador”.
Com base nesses dados, os educadores das turmas de melhor desempenho serão premiados com um 14º salário. A assiduidade também será levada em conta na distribuição dos bônus — só receberão o prêmio os profissionais que tiverem menos de cinco faltas no ano. “A prefeitura está dando os primeiros passos de um longo caminho ao criar mecanismos, ferramentas e uma cultura de trabalho”, avalia o economista Sérgio Besserman, membro da comissão Parceiros da Educação Carioca, que reúne na secretaria representantes da sociedade civil.
Essas estratégias utilizadas pelos Administradores de plantão, com vistas à qualidade total ou coisa parecida, podem funcionar muito bem em empresas e fábricas, em que o que importa é ter um produto pronto e acabado num determinado tempo. Premiar os vendedores que conseguiram vender mais fogões, automóveis ou títulos de seguro também funciona, porque o sujeito só enxerga o sentido do seu trabalho na produtividade, que se traduz em vender e lucrar.
No nosso caso, premiar o que deve ser feito por todos, significa exatamente o quê? Estamos premiando os professores que não faltam e que ensinam? Mas essas não são condições básicas do trabalho docente?
E depois a gente reclama que a sociedade está numa total inversão de valores... que a competitividade está acabando com o ser humano...  por que será? Será que esse tipo de atitude concorre para melhorar essa sociedade?Ou não conseguimos enxergar o que isso tem a ver com a formação dos alunos e dos próprios professores?
Até agora o que temos  visto é uma exacerbação da competitividade em todos âmbitos. A SME está se esmerando em produzir competidores por excelência! As CREs disputam com as outras CREs. Escolas contra Escolas; professores contra professores;  turmas contra turmas; alunos contra alunos...
Depois a gente chama a polícia para apartar... não é isso que estamos fazendo?
Isso é que estão chamando de educação de qualidade?
Abandonados pelas últimas administrações, os professores são um ponto crucial na estratégia. Para isso, a própria secretária abriu um canal direto de comunicação com o corpo docente ao tornar público seu e-mail pessoal já no primeiro dia no cargo. Em seguida, passou a utilizar ferramentas da internet, a começar pelo Twitter, para a divulgação de ideias, prestação de contas e notícias. Está com quase 6 000 seguidores.
Está certo, com a ressalva  que os professores foram abandonados pela última administração e não pelas últimas administrações. 
O canal direto de comunicação que a Sra. Secretária abriu, divulgando o seu e-mail pessoal, não representa absolutamente nada, na medida em que ela só responde, quando responde, ao que interessa a ela. Não se tem acesso para sugerir  ou discordar de coisa alguma. Os professores se queixam que estão cansados de enviar mensagens que não têm resposta.
Os 5600 seguidores da Secretária são exatamente isso: seguidores. Apenas seguem. Os que merecem comentários e retwitadas são apenas os que concordam e aplaudem as iniciativas, que devem ser, mais ou menos uns... poucos. Os blogs e comunidades da SME são devidamente censurados e também só divulgam as mensagens elogiosas. Tá certo, tá certo, estão fazendo a parte deles.
É bom lembrar que, no afã de conquistar seguidores, a Sra. Secretária divulga coisas ainda não devidamente analisadas e amadurecidas  pela sua equipe e, não raro, as suas mensagens são desmentidas, ou simplesmente enlouquecem a sua assessoria.
O corpo a corpo também tem sido importante nesse processo. Pelo menos duas vezes por semana ela deixa o gabinete e visita escolas. Faz questão de entrar em todas as salas. Como só conversa não basta, Claudia instituiu ainda um programa em que os educadores escolhem, a cada três meses, um livro nacional e um estrangeiro para ler. As obras que ganham essa espécie de eleição são distribuídas gratuitamente pela prefeitura. “Esse tipo de iniciativa dá um novo gás para a gente”, atesta Milene Basílio Stanislovaitis, diretora da Escola Ítalo Zappa, em Vargem Pequena.
Os livros e as visitas são excelentes iniciativas.
Pena que as os professores das Salas de Leitura, do PEJA e dos alunos portadores de necessidades especiais estejam sendo sacrificados por ordens e contra ordens.
Nascida em São Paulo, Claudia Maria Costin, 54 anos, construiu uma sólida carreira no setor público. Formada em administração pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), ela já exerceu os cargos de ministra da Reforma do Estado no governo FHC e de secretária de Cultura de São Paulo na gestão do governador Geraldo Alckmin. Foi também vice-presidente da Fundação Victor Civita, mantida pelo Grupo Abril, ao qual pertence Veja Rio.
E aqui a gente compreende perfeitamente a motivação dessa reportagem.
O que causa espanto é uma pessoa que lidou tanto tempo com a Revista Nova Escola não ter se apropriado de quase nada do que a revista divulga.
Convidada no fim de 2008 para assumir a Pasta da Educação no Rio, pediu ao prefeito Eduardo Paes carta branca para implementar por aqui as melhores práticas da área.
Faz isso com maestria. Não dá satisfação a ninguém dos seus atos, independente de estar ou não implementando as “melhores” práticas.
Foi atendida, mudou-se para a cidade e, desde então, conta que tem trabalhado uma média de doze horas por dia na secretaria e outras tantas em fóruns pela internet e visitas. Ao contrário de muitos dos seus pares, comporta-se na administração pública como se estivesse na iniciativa privada.
Inclusive,  a assessoria direta fica “de castigo” na SME até tarde da noite, sem poder ir para casa, enquanto a Sra. Secretária twitta.
Seria bom tratar a instituição pública como pública, no que diz respeito à divulgação de suas justificativas. Induzir o leitor a acreditar que a iniciativa privada é melhor que a administração pública, é  pouco sério e indigno.
Falemos das boas práticas. Isso não é um jogo: iniciativa privada X administração pública, não são anjos versus demônios. Existem boas e más condutas em todas as instâncias.
Seu desafio continua gigantesco. Mas, com tanto empenho, ela tem grandes chances de ser bem-sucedida.
E se continuar contando com a benevolência dos meios de comunicação, como tem sido até agora, poderá, inclusive, se candidatar a algum cargo eletivo no próximo pleito. Aí, sim, será totalmente bem sucedida!
 
Fonte: http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m1831/a-nova-cartilha-das-escolas - TAGS: SME/RJ - veja rio - educação

Retirado de http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=22880

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